2008/10/30

ANTONIO MARCELO RECEBE DESTAQUE ESPECIAL PELO BALAIO



No dia 27 de Março de 1999, Antonio Marcelo dramaturgo, ator e diretor de teatro recebe das mãos do veterano Marcelo Farias Costa, o prêmio de destaques do ano na categoria especial. Há todo dia 27 de março, o Grupo Balaio homenageia os artistas de teatro que se destacam no Estado do Ceará.

2008/10/20

O beco, peça de Antonio Marcelo NA II MOSTRA DE TEATRO DO ESTUDANTE IBEU-CE

O beco, peça de Antonio Marcelo No Teatro do Ibeu Aldeota
Receberam destaques na II MOSTRA DE TEATRO DO ESTUDANTE, no Teatro do Ibeu-Ce, os atores:
Tomaz de Aquino
Alexandre Lima
e Gizela Cordeiro.

O texto de Antonio Marcelo tambem recebe destaque, junto do espetáculo.

a estreia do espetáculo aconteceu no dia 20 de setembro de 1998.

Estrelando:
Gláucia Alencar

Estreando:
Tomaz de Aquino
Alexandre Lima
Gizela Cordeiro
Tatianne Goes
Catijanne Goes

Participação Especial
Patricia Bastos


Elenco
Dolores de Paula
Jamille Lira Monte
Eveline Barros
Gilliard d´Souza
e outros

Técnica

PEÇA: O Beco
TEXTO, SONOPLASTIA E DIREÇÃO - Antonio Marcelo
CARTAZ - Tomaz de Aquino
MAQUILAGEM - Genot Gomes e Marcio Silveira
Produção - Quimeras e Elenco
FOTO - Gege

Na temporada fizeram parte do elenco - Wellis Lima e Ewablaine

2008/05/09

O BECO ENTRA EM CENA TEATRO DO IBEU

LABIRINTO HUMANO NO UIVO DA LOBA
Malabaristas em cordas bambas
A orquestra toca a todo vapor






Gilliard D,Souza, Eveline Barros e Mauro Vinicius.

O Beco

Estréia 20 de setembro de 1998, no Teatro do Ibeu.

O Beco entra em cena, um texto ao ritmo de um bolero. É preciso compreender que o Grupo Quimeras de Teatro aplicava a metodologia teatro- escola. Onde quem chegasse por mais inexperiente que fosse poderia subir no palco. Não se exigia talento, mas determinação. Quimeras nunca foi um grupo de atores tarimbados.Assim como alguns cursos, o grupo se propunha a lançar gente para a ribalta.
Sem dúvida, foi Tomaz de Aquino, o titã dessa noite. Ele fez o spetáculo acontecer junto de Alexandre Lima. É claro que não se pode esquecer a contribuição de todos. Mas foi a Micaelly de Tomaz de Aquino, a grande explosão do Beco. O publico aplaudiu e o diretor também. Quem assistiu testemunha a desenvoltura do amador. Ele fazia sua estréia. Mas nesse espetáculo houve muita correria nos bastidores, o elenco sabia e sentia o peso da responsabilidade.

Sinopse:
Brasil, Nordeste, ceará, fortaleza, leste oeste, pirambú, 1981.
Fatíma vive no convento ao lado da praia, e bem próximo a danceteria popular o Beco.Todas as noites Fátima mergulhava nas histórias daqueles que frequentavam a velha discoteca. Mas esse mergulho era apenas inconsciente, na verdade, Fátima nunca atravessou a janela, onde atenta observava tudo, e muitas vezes sob o olhar desconfiando das outras religiosas. Uma noite, Fátima não se contem, e vai para o Beco. Lá é violentada sexualmente, e sofre todo tipo de violência física e moral. Depois, ela ainda se sente tentada, e volta... até que sua vida é destruida.

Elenco: Gláucia Alencar, Alexandre Lima, Gizela Cordeiro, Jamille Lira Monte, Tomaz de Aquino, Gilliard D´Souza, Eveline Barros, Mauro Vinicius, Patrícia Bastos, e outros.

Texto e Direção
Antonio Marcelo.

2008/05/06

quimeras de teatro fotos

Samuel Moura Jr interpreta Irmão Messias - Fé inabalável

Patricia Bastos e Beth Fontenele em "PÉROLAS SUBURBANAS" Festival de Teatro Fortaleza

Gilliar D'Souz, Eveline Barros e Mauro Vinicius em cena de "O BECO"

NOITE VAZIA ATORES CARLOS DIEGO E SAMUEL MOURA JR

Beth Fontenele e Carlos Wagner em cena - NOITE VAZIA

CARTAZ DA PEÇA

O símbolo do Grupo Quimeras de Teatro

NOITE VAZIA FOTO DO ELENCO

Clinton Pereira estreante

CARTA DE AMIGOS PARA SEMPRE

DIVULGAÇÃO

DIVULGAÇÃO

Conflitos

Tragédia anunciada

Diálogos incompreendidos

Antonio marcelo e Flavio Filho peça de 2005

SEM LICENÇA PARA AMAR. CENA ANTOLÓGICA

Antônio Marcelo Mentor intelectual do Grupo

2008/05/02

O BÊCO... E O SHOW CONTINUA

O novo espetáculo recebeu alguns alunos que vinham do Curso Principios Basicos de teatro de 1998, do TJA. Um elenco numeroso, ensaios tumultuados. "Eu precisoconfessar; Nunca vi tanta gente perigosa junto. Essa gente foi expula antes que a peça estreasse. Ecomeçou a campnha difamação, mas nao conseguiram nada. não há nada qe desabone a minhaconduta no teatro cearense."

A paixão superando a vaidade.. E O Beco entra em cena, um texto ao ritmo de um bolero.É preciso compreender que o QUIMERAS DE TEATRO aplica a metodologia Teatro-Escola. Onde quem chegasse por mais inexperiente que fosse poderia subir no palco. Não se exigia talento, mas determinação. Quimeras de Teatro nunca foi um Grupo de artistas tarimbados, assim como alguns cursos o Grupo se propunha a lançar gente para a ribalta.

20 de setembro de 1998, O Beco estreiou no Teatro do Ibeu Aldeota, na III MOSTRA DE TEATRO DO ESTUDANTE. Uma correria, até ponto se usou para que o espetáculo acontecesse. A platéia vibrou e gostou. Para ela tudo estava bem, mas o elenco sabia e sentia o peso da responsabilidade. O desespero nas coxias. A atriz protagonista enfrentava sérios problemas de saúde na família. O pai estava hospitalizado... e isso influenciou , mas mesmo assim a peça aconteceu. Sem dúvida foi Tomaz de Aquino o o titã dessa noite. Ele fez o espetáculo acontecer junto de Alexandre Lima. É claro que não se pode esquecer a contribuição de todos, mas foi a Micaelle de Tomaz de Aquino, a grande explosão do Bêco. O público aplaudiu e o diretor tambem. Quem assistiu testemunha a desenvoltura do amador. Ele fazia sua estréia.

2008/04/29

ANTÔNIO MARCELO INTERPRETA VICTÓRIA CAPULETO

Foto: Gegê

VICTÓRIA CAPULETO

A história e a vida do mito "Victória Capuleto"
A dama maior das noitadas de sangue e violência
A inspiração de muitos e glamour de poucos
O simbolo do luxo e da beleza retratada em um só corpo
O retrato preto e branco é a ironia de qualquer destino
Victória é o sonho de qualquer um que luta

É o anseio chegando a prova maior
É a vida colorida bofeteando almas carentes
Assim é a vida de quem se entregou a própria sorte
Victória Capuleto ainda disposota a tentar
Ela é o sonho acordado que se fez maior
O rosto falado da senhora das plumas e paetês
Pela primeira vez nos palcos
A estrela conta sua própria versão!



SINOPSE:

A peça narra a história de capuleto desde quando fez sucesso com artista plastico chegando ao estrelato. Ela vence por seu talento e beleza. Ao retornar da Suiça , em 1985, faz voto de castidade e vive enclausurada por 12 anos. Teve uma vida de muitos e grandes amantes mas não foi capaz de conquistar o amor do único homem que realmente amou, César, por quem tinha obssessão. Por causa dele, Victória destruiu sua carreira e entregou-se à mais completa miséria. Calejada pela solidão, não resiste e cede. Sai em busca de um novo amor e encontra pelas ruas da cidade um garoto de programa, Paulo, o qual vem a transformar seus dias na mais terrivel das realidades. Depois de muito tentar segurar a barra, encontra consolo em Maria Jamelão, uma prostituta que ganha a vida na praça dos Leões.



estréia; 16 de maio de 1998
TEATRO DO IBEU CENTRO

ELENCO:
ANTONIO MARCELO, EDSON PAZ E PATRÍCIA BASTOS

TEXTO: VELAZQUEZ ALACOQUE
DIREÇÃO: NILTON RODRIGUES

TECNICA:
wAGNER SOUTO, AUGUSTO bRAGA, GIOVANNI MARSALLES,
MAQUILAGEM: mARCIO E GENOT GOMES

APOIO: FUNDAÇÃO CULTURAL DE FORTALEZA E LA BELLE CABELEIREIROS.

PRODUÇÃO: grupo quimeras

2008/04/25

"VICTORIA CAPULETO" VERSUS "O BECO" AMBAS DE ANTÔNIO MARCELO

Por alguns momentos a personagem central entremeia uma narrativa repleta de verdades e horror. "Eu sou um autor entregue a emoção. Não posso escrever com pudor. Se falo sobre sexo, eu conto realmente como ele é. Não posso ficar no plano metafórico. Victória Capuleto, não tenho pudor em dizer: Foi um dos melhores textos da dramaturgia cearense em 1998." Empolga-se o autor acreditando que a peça é um alarme geral, no sentido humanitário. Impossivel não assustar-se com as narrativas de Victória. O texto é o carro chefe do dramaturgo com uma história humana, diversa, viva ( apesar de pessoas proximas a ele darem esse título ao "Beco" tambem de 1998.)

O tempo não pára!
Antônio Marcelo era uma máquina de escrever. Incansável. Tinha uqe paroveitar essa fase. Era um momento em que ele estava cheio de idéias. Por que n]ão dizer ilusões teatrais? É, porque chega uma hora m que voce, sozinho, no espelho, encontra essa verdade. A verdade que teatro não lhe rnde dinheiro. A verdade em que voce precisa aceitar e ter a consciencia que essa brincadeira "na terra da luz" sai cara. Ninguem vive de teatro.

A personagem central é um travesti, uma especie de um mito dos anos 70. O ambiente é Fortaleza om ruaas tão próximas e conhecidas por nós. "Victória Capuleto é um texto forte. Há quem respsonda: apelativo. Há quem diga: emocionante. Eu fico com o Valor da da emoção" - Diz ainda Antônio Marcelo.


Antes da estreia de Victoria Capuleto, Antônio Marcelo dirige para alunos da UFC o espetaculo - O NOSSO AMOR A GENTE INVENTA - com texto de Vicente Jr. O espetáculo foi apresentado no II FESTFORT. O grupo Pirandello foi criado para esse festival e mais tarde transformou-se na companhia de Teatro Moreira Campos que tinha frente o produtor e ator Wellington Rodrigues.

2008/04/22

OS BASTIDORES DE VICTÓRIA CAPULETO

O próximo texto foi escrito para três atores. O caminho mais facil para saber quem deveria continua ou não. Uma empresa não funciona somente com um administrador, nem um grupo somente com um elenco. Todos pecisariam colaborar com alguma coisa, e ninguem estava disposto a outra função. Precisávamos de iluminador, sonoplasta, bilheteiro, divulgação. Ninguem tinha habilidade e nem esforço para tentar. Cabia sempre ao diretor o desdobramento para que as coisas funcionassem. "Eu não queria monopolizar as funçoes. Muito pelo contrário. Teria sido menos correria se as responsabilidades tivessem sido divididas." A peça foi escrita para Antônio Marcelo, Jorge César e Patrícia Bastos. A pedido de Niltin Rodrigues que dirigiu o espetáculo, Jorge César foi substituido por Edson Paz. Antônio Marcelo facilitava a vida de todo mundo. Embora isso nunca tenha atingido a consciência de um grupo totalmente miope. Os integrantes só enxeravam o que era comôdo. Segundo a lideança do Grupo Quimeras de Teatro, as verdades são ditas nã como provocação, mas para estarem perto delas mesmas. Os refletores não iluminam os bastidores. Antônio Marcelo que anes não tinha nenhum conceito sobre arte começou a trilhar sua linguagem cênica, e gostaria que o novo espetáculo superasse os anteriores, e superou. Victória Capuleto foi ensaiada na mais perfeita harmonia. Houve uma entrega do elenco que se despiu de qualquer pudor em funão da peça. Foam quatro meses de ensaios.
impasse:
o diretor queria transformar a tragédia em uma comédia debochada. Victória Cpauleto foi escrita no intervao de três noites. Todo o Verbo hemorrágico do autor, antônio Marcelo con segue em Victória Capuleto causar impacto. É um texto humano, cruelmente vivo. O sangue das personagens corre nas veias, elas são todas desesperadas.

2008/03/11

Antônio Marcelo e Eldine abreu. Cena Antológica
Ao fundo Fernando Xavier



E agora a que caminho seguir? Terminados os espetáculos era um momento de reflexão. O que teria valido a pena? Tudo valeu a pena - disse o mentor do Grupo - mas poderia ter sido melhor, se cada um tivesse entendido sua participação dentro do espetáculo. Se o elenco de Saga Nordestina colaborou, o elenco de Sem Licença para Amar deixou a desejar. Não houve um espírito de grupo. Se é que grupo existe!


Bom, mas isto já valia como prêmio. As modestas montagens não passaram ignoradas. Elas estavam entre aquelas que se destacaram."Eu sabia todasas minhas limitaçõs, eu tinha humildade para ouvir aqueles que quiseram me ensinar alguma coisa. E com eles aprendi coisas que nem sempre posso executar. Para mim, o teatro não nasceu no dia em que pisei no palco pela primeira vez. Existe todo um passado, concordo." - Antônio Marcelo. Incentivo, apoio e colaboração vieram dar ao líder sustento. E a partir do momento em que começou a frequentar o Teatro do Ibeu, se sentiu em casa. O apoio vindo do Ibeu foi de fundamental importância: "Eu fiquei feliz por você. Você tem talento, experiêencia, só o tempo dá." - Marcelo Farias Costa, Teatrológo e Diretor do Teatro do Ibeu.


Com Sem Licença para Amar, Antônio Marcelo deu sua primeira entrevista na televisão (TV Jangadeiro), Programa Boca do Povo. Ele é entrevistado por Ana Vila Real. Tribuna do Ceará também reportou o espetáculo. E os outros jornais da cidade divulgaram em suas agendas culturais todo sábado e domingo dos meses de novembro e dezembro.

2008/03/09

DESTAQUES GRUPO BALAIO ANO 1997 - Indicaçôes

ESPETÁCULOS

- SAGA NORDESTINA
- SEM LICENÇA PARA AMAR

DIRETORES

- ANTÔNIO MARCELO - Sem Licença para Amar

ATORES PROTAGONISTAS

- ANTÔNIO MARCELO - Sem Licença para Amar

AUTORES

- ANTÔNIO MARCELO - Saga Nordestina
- ANTÔNIO MARCELO - Sem Licença para Amar

ILUMINAÇAO

- NILTON RODRIGUES - Sem Licença para Amar

SONOPLASTIA

- ANTÔNIO MARCELO - Sem licença para Amar

MAQUILAGEM

- GEOVANNI MARSALLES - Sem Licença para Amar

REVELAÇÃO MASCULINA

- EVANDRO MENDES - Saga
- GLEYDSON COSTA - Saga
- JORGE CÉSAR - Sem Licença
- FERNANDO XAVIER - Sem Licença
- RICARDO MARTINS - Sem Licença
- CLEILSON DE SOUZA - Sem Licença

REVELAÇÃO FEMININA

- CONCEIÇÃO FREITAS - Saga
- JAMILE MONTE - Saga
- LENILCE ALEXANDRE - Sem Licença
- MARCILENE AGUIAR - Sem Licença
- PATRICIA BASTOS - Sem Licença

Saga Nordestina Obteve seis indicações
Sem Licença para Amar - quatorze indicações

Não Obtivemos nenhum prêmio.
O Prêmio Balaio deve estar para a sociedade teatral do Ceará assim como o Oscar está para Holliwood...

2008/03/07

Nas sombras dos refletores

Surge um pseudônimo para o autor. Antônio Marcelo Usa Velazquez Alacoque. "As pessoas geralmente gostam de quem elas não conhecem." E tinha gente que dizia que Antonio Marcelo não saiba escrever( essa gente a quem o autor se refere eram seus colegas que iniciavam o teatro naquela época). "Cadê essa gente que tanto se incomodou com a minha iniciativa?" - alfineta o autor.
"A peça é um lixo, atores ruins. A úniuca coisa que escapa é o texto e a sonoplastia." - disse um sonoplasta cearense radicado no Rio de janeiro, que estava na época ministrando um curso de sonoplastia pelo Instituto Dragão do Mar. Mas a plateia tambem foi receptiva. o ritual aconteceu. o carinho do público veio, e isso para os artistas é uma sensação única.
- Você é o Antonio Marcelo?
- Sim
- Me recomedaram o espetáculo. Essa hisatória tem tudo haver comigo. Voce, no palco, gritou o que eu tentei anos e não consegui. De certo aliviado. - Disse Alguem que foi no camarim.
- Parabéns po texto é forte. E emociona. Eu me emocionei muito. Continue e não desista, com o tempo voces melhoram. - Aurora Miranda Leão, Atriz e Jornalista.
-Esta peça é uma verdade. A emoção é inevitável. - Disse um rapaz que voltou pela terceira vez.
-Gostei muito. Tem uma boa dramaturgia. O espetáculo precisa de uns ajustes aqui e ali, mas é muito bom. O elenco trabalhou direitinho - Evandro Nobre.
Em tudo na vida existirão aqueles que gostam e comentam, aqueles que detestam e condenam, e há tambem aqueles que não gostam e não detratam.
- O que é que tu pretende com isso? Quer ser um novo Nelson Rodrigues? Um Bretch? É meio difícil. - Disse Henrique Moreira, um aspirante a ator.
Com tudo o texto foi salvo, ele agradou e apresentou ao teatro cearense o autor - Antônio Marcelo.
No último dia do espetáculo um dos atores, em nome de sua vaidade e mau caratismo, deixou todo o elenco a ver navio quando trasnformou uma sas cenas principais em um monólogo. Isso foi de caso pensado. "Eu não quero esse rapaz perto de mim. Prefiro mil vezes, um ator sem talento do que um mau caráter." - Disse Antonio Marcelo, e o elenco concordou.
Pouco antes, na oitava apresentação, numa das cenas em que Antônio Marcelo interpretva a vedete Simone de Lavor, se empolgou tanto numa cena em que rodopiava com um grande colar que não conseguia mais parar, ficou tonto. .. e como era a cena final do espetáculo, o iluminador deu um black out a pedido do elenco. E antonio marcelo discretamente se apoiou em dois atores para agradecer. O público que não percebeu o ocorrido. No mais havia uma grande alegria no camarim. O elenco sempre se preparava cantando "cruzando raios" de Orlando Morais.

2008/03/06

Sem Licença para Amar - Estréia no Ibeu

A peça sucessora seria "SEM LICENÇA PARA AMAR" onde Ronaldo Reis tambem estava escalado, e entraria em cartaz no final de semana próximo a Saga Nordestina. Foi outro corre corre para que a peça não fosse adiada. Os obstáculos foram muitos, mas Antônio Marcelo estava disposto a continuar. "A minha paixão pelo teatro é indescritível. É claro que nesses anos todos, eu poderia ter rendido mais, ter feito mais, aprendido mais... o meio, as circunstâncias não cntribuiram muito nesse fator. Nunca se tinha dinheiro para nada, e a vaidade não permite muita gente trabalhar em um grupo pobre, sem espaço físico até mesmo para ensaios. Mas fizemos e demos, eu acredito, uma contribuição ao teatro na terra da luz" (Aqui há uma ironia).

No inicio o Grupo Quimeras de Teatro ensaiava na Tristão Gonçalves, no antigo comitê da Maria Luiza Fontenele e Rosa da Fonseca. Depois eles foram para o Chico Anisio, e em seguida para a Fundação Cultural de Fortaleza (FUNCET). A grande dificuldade ainda hoje é um espaço físico para ensaios.

Sem Licença para Amar sofre alterações, Jorge César substitui Ronaldo Reis, e algumas cenas passam por cortes, é tanto que para o autor a peça ainda não foi montada na integra.

Estréia 15 de novembro de 1997

Sinopse:
Baseado no livro "Eu, homossexual?! de Velazquez Alacoque. Relato em primeiro plano, os conflitos de Marcos que ainda na infância se apaixonara por seu melhor amigo - Fred. Tudo parecia tranquilo até o dia em que chegou a notícia que Fred estava voltando a sua cidade natal. Pedro, pai de Marcos, fica sabendo por uma lingua e outra, que seu filho e o amigo tiveram uma amizade fora do comum.
E para fugir de seus conflitos, Marcos embarca em um casamento sem amor. Porém antes desse ser consumado vem à tona a verdade, e Marcos é expulso de casa, onde escuta do pai da avó que precisa sentir vergonha da carne que o fez pecar. Ana, sua mãe, fez - se adepta dos recursos de um avestruz, enterra a cabeça na areia para não ver a realidade.
Após suas desilusões, Marcos socorre-se no seminário, onde reencontra Pe. Lúcio, e confessa a este seus desejos mais picantes... e vê nos olhos deste, seus arrependimentos para com o sacerdócio. Na noite seguinte é expulso por não ceder as servicias do Superior.
Passado o tempo, Marcos e Fred se reencontram onde tudo poderia acontecer em afronta aos valores gastos de uma sociedade ultrapassada.
No espetáculo há uma análise à sexualidade, o preconceito e à liberdade.

Elenco:
Antônio Marcelo - Marcos
Eldine Abreu - Amélia
Lenilce Alexandre - Ana
Fernando Xavier - Pedro
Patrícia Bastos - Ada
Cleilson de Souza - Superior
Jorge Cesar - Fred
Gleydson Costa - Fábio
Marcilene Aguiar - Carolina
Ricardo Martins - Clinton

Técnica:
Velazquez Alacoque (texto)
Antonio Marcelo (Sonoplastia e Direção)
Nilton Rodrigues (Iluminação)
Carlos Benevides(Iluminador inicial)
Wagner Souto(Assistente)
Augusto Braga(Operador de som)
Gean Carle (Operador de som inicial)
Geovanni Marsalles(Maquilador)
Genot Gomes(Maquilador)

Agradecimentos:
Marcelo Costa e Augusto Abreu
Part e Funcet

Apoio:
TEATRO DO CENTRO - IBEU

2008/03/05

Saga Nordestina no Teatro do Ibeu Centro

01 de novembro de 1997, Saga Nordestina entra em Cartaz no Teatro do Ibeu Centro. Foi um espetáculo de fim de semana.
Sinopse:
As cenas se passam na cozinha de uma casa, própria do sertão.
Enfoca-se os problemas enfrentados pelos camponeses (secas e enchentes)
Zé em plena seca, resolve ir para a cidade grande em busca de melhores condições de vida, porém Fransquinha, sua esposa, resolver não ir de imediato. E assim Zé parte com a promessa de mais tarde voltar para levar a família.
No núcleo enquadra-se a crença e a loucura de Expedita, uma mulher marcada pela tragédia e traumas do passado, que diante de uma verdade inesperada consegue voltar-se no tempo. É uma mulher movida pela fé, e com a sina de amar no meio das mais remotas possibilidades.
Coloca-se neste espetáculo para reflexão a força heroica de uma gente simples e humide que cultiva, que colhe tudo que a primitividade possa oferecer, mas uma tragédia acontece......
Elenco:
Jorge Cesar - ZÉ (na mostra do estudante Nilton Rodrigues0
Conceição Freitas - Fransquinha (Depois Jamile Monte)
Evandro Mendes - Buchudo (depois Paulinho)
Lenilce Alexandre - Expedita (na mostra do estudante Conceição Borges)
Marliete Silva - Raimunda
Jamile Monte - João (Depois Antônio Marcelo)
Cledson Costa - Chicó
Ronaldo Reis - Damião
Técnica:
Antonio Marcelo - Texto, sonoplastia, maquilagem e direção
Nilton Rodrigues - Sonoplastia
Andre Gomes - Iluminação
Wagner Souto - Assistente técnico
Quimeras de Teatro - figurino
Lídia Maria - Equipe de Apoio
O impasse: Conceição Freitas abandona a peça porque não tinha cachê. Ronaldo Reis que havia sido convidado pelo Balaio para fazer o Badejo de Artur Azevedo, tambem oficializa a sua saida do Grupo, abandona a peça em Cartaz. Tudo leva a crer que ele ficou vislumbrado com o novo Grupo. E por lá teve vida curta. Também pode ter sido porque no dia da estréia houve um erro técnico na luz. Ronaldo Reis e Gledson Costa não sairam para agradecer.

2008/03/04

Pré Estréia na II Mostra de Teatro do Estudante Ibeu-Ce

Em julho, soube-se que em setembro aconteceria no Teatro do Ibeu a II MOSTRA DE TEATRO DO ESTUDANTE. Por consenso, o Grupo achou melhor não inscrever "Sem Licença para Amar." Esta mostra se caracterizava pelo incentivo ao teatro dos estudantes, e Sem Licença para Amar não estava dentro da grade do teatro escola. As pressas foi escrita "Saga Nordestina." Todo o elenco acreditou no que estava fazendo, ele tinha dois meses para ensaios, produções e tudo. "Passamos madrugadas ensaiando na FUNCET, nos inscrevemos e fomos selecionados. Estava Marcada a segunda estréia do Grupo, 13 de setembro de 1997. A mágica do teatro aconteceu, todos nós ficamos surpresa. Nada deu errado, a luz estava adequada, trilha sonora idem, os atores seguros no texto, a plateia posta e atenta. Saga Nordestina agradou, segundo Marcelo Farias Costa, este foi o espetáculo mais bem acabado do Grupo. Receberam destaques Nilton Rodrigues e Conceição Freitas, o casal protagonista. O que eu precisava era de gente que gostasse de teatro, de gente que tivesse responsabilidade ética e sobre tudo responsabilidade.

2008/03/03

Eu, Antõnio Marcelo, Fui o Mais Ovacionado, Não Tenho Pudor em Dizer

"Para mim, a única coisa que interessava era saber se o espetáculo era bom, se era ruim, se os atores deram ou não conta do recado, e isso não se soube. Não fomos ao festival ouvir sermão, muitos menos aprender virtudes em uma aula de catecismo. A discussão deveria ter sido sobre teatro, mas a jurada preferiu dar uma aula de educacão moral e cívica. O interessante é que as pessoas que nos defendiam não tinham nenhum vinculo com o grupo. Eram todos anônimos. Os outors grupos que participaram da mesma noite forma soldários a nós, e nos bastidors comentavam a atitude dessa senhora. (Onze anos se passaram, e hoje eu ainda me questiono sobre aquela euforia, aquela discurso moralista e não teatral para com a gente) Quando saiu o juri popular nosso espétaculo atingiu a penultima classificação."
Quando Antônio Marcelo Marcelo subiu no palco para receber seu certificado de participação no festival foi ovacionado, incontestávelmente. Naquela noite nenhum dos participantes fora tanto aplaudido quanto ele. "Depois, eu fui cumprimentar o juri, e a senhora estérica me virou a cara."
- Eu disse que essa tua merda não ia dar em nada. Eu estou fora." - Disse Daniel Costa.
Eu fiquei surpresa, a vivência de um grupo é muito dificil. a arrogância das pessoas tem atrapalhado muito o teatro. Nem sempre o elenco está disposto a compreender fatos como este. e foi embora o ator. Pensava ele que iria ser lider de um grupo no teatro cearense, mas pensando agora em que resposta dá-lo, eu diria que ele não conseguiu ser nem uma sigla vazia, muito menos um nome na última pagina do teatro. Antes de atitudes como esta, as pessoas poderiam analisar o texto, a proposta da montagem. Mas não, preferem usar meios arrogantes, fazer uso direto da prepotência e assim feri as pessoas. Por outra visão, são pessoas que não tem segurança nem tão pouco conceito formado de si mesmas. É gente que não acontece. Era como se o fracasso dependesse apenas do diretor.... e o sucesso uma questão pessoal do próprio individuo que tivesse envolvido no processo. A vaidade faz esse tipo de gente acreditar que o sucesso veio por causa dela e que o fracasso veio por causa do outro.
Continuamos nossos ensaios, a idéia do espetáculo não se findou nesse festival. O Daniel sempre que me encontra gosta de fazer alguma chacota com minhas peças. Eu dei o meu silêncio como resposta a ele, mas ele nunca entendeu. Até porque quem não compreende um olhar, segundo Mário Quintana, não entenderá uma longa explicação.

2008/02/29

Quimeras de Teatro é Arrasado no I Festival de Esquetes de Fortaleza

Chegava 1997, grandes expectativas para o teatro. O Centro Dragão do Mar (ou a Rede Globo cearense?) trazia e prometia uma carreira promissora para seus futuros atores e diretores. Houve todo um vislumbramento. Tinha gente que achava que chegaria na Rede Globo em tempo recorde. Muita gente se achou importante, abandonou seus grupos, cursos, montagens, para apostar nessa babilônia maravilhsa. Outros viraram a cara para os próprios colegas. O sucesso (!) inflamando pobreza de espirito e financeira.
Em abril, se realizava o I FESTFOR ( Festival de Esquetes deFortaleza), promovido pelo Teatro da Praia sob a coordenação de Eddy Ferreira e Carri Costa. O Grupo Quimeras de Teatro se inscreveu e obteve classificação. Era uma boa oportunidade para fazer o seu batismo, e mais uma vez o texto sofre alterações. O tempo determinado para as apresentações era de vinte minutos.
Dia 04 de abril, a estréia, o teatro lotado. As especulações sobre o nudismo do ator eram muitas, coisas da província. Um dos atores (eu Antônio Marcelo) estaria em cena nú frontal. O público aplaudiu; e o juri torceu o nariz. A Comissão Julgadora foi intolerante, agressiva e principalmente desinteressada. Ela se omitiu em fazer o debater; uma jurada eufórica gritava que aquilo tinha sido a coisa mais imoral que tinha visto em toda sua vida... Um outro levantou-se para fumar; um outro sentiu uma forte dor de cabeça repentina, um outro achou ambiente quente e foi tomar um pouco de ar. Entre a Comissã, uma jornalista fez seus comentários e foi coerente ao apontar os erros e acertos. A jurada eufórica bateu boca com gente que estava na platéia:
- A senhora faz teatro? Eu pergunto porque não sou daqui.
- Faço, sou professora de um dos cursos daqui.
-Meus pêsames, Ceará! Disse o rapaz.
O senhor do juri que sentiu dor de cabeça, pediu a moiçola estérica que se calasse. Durante a discursão o elenco manteve-se em silêncio absoluto. Não revidou. Da platéia foi dito que a comissão, principalmente a moiçola, estava desrespeitando o grupo. E que o minimo que os atores mereciam era respeito e que o juri se omitiu a cumprir seu papel. "Erros aconteceram como sempre acontecem, mas eles mereciam ser julgados" - insistia o rapaz da platéia.

2008/02/28

Ensaios na Contra Mão

Iniciamos os ensaios de um texto sem título, que eu havia escrito. O texto é um dramalhão assumido, um dramalhão com toda a vertente. A personagem central, MARCOS, em conflito com sua realidade explora o sonho de amor que ele nutre dentro de si mesmo. Há a construção da ilusão da irrealidade, como tambem da fuga interior. É bem clara nesse tipo de personagem a visão subjetiva ídilica. É um texto de cunho social, e no final a destruição dessa ilusão. Isso sendo o foco central. A peça, no placo, se apresenta com uma interpretação naturalista, enfocando outros temas voltados para a patologia social: os males psicológicos e sociais estão expostos, o lado doentio do homem e da sociedade. Tambem nenhum gênero é puro, ele sempre recebe influências de outras tendências. "Eu não me importo que SEM LICENÇA PARA AMAR seja um dramalhão piegas, mas é preciso analisar o seu tempo, a localização geográfica , o ambientefamiliar, os costumes das personagens, para aonde elas vem e vão, a ação anteriror, as atitudes polarizadas de outros. Talvez esses textos não tenham mais apelo, dentro de um mercardo descartador de gente e sentimento. As virtudes mudam, mas ele emociona aqueles que possam de alguma forma se situarem no espaço e tempo da ação. Assim como o nome do Quimeras tinha sido uma escolha em grupo; o nome desse texto tambem esteve em votação. Permaneceu o título sugerido por Daniel Costa."
Queriamos apenas fazer teatro, nenhuma preocupaçao conscientemente com o fazer teastral, mas ela já existia. A própria filosofia do GRUPO QUIMERAS DE TEATRO já possuia em seu caráter teatral o compromisso. Eu particularmente não entendia nada, compreendia apenas o feitio de uma montagem porque gostava de teatro. Nesse ano de 1996, eu havia iniciado tambem uma oficina de dança no teatro JOSÉ DE ALENCAR, e o correu a minha primeira temporada teatral no espetáculo "AS MÁQUINAS" sob a direção de Silvia Moura. Fizeram parte do elenco Antônio Marcelo, Giovanni Marsalles, Glauter Melo, Sergio Ricardo, Graça Martins, Gil e Didi (hoje da companhya Falido e Mal Pago), Renata Andrade, Célio entre outros.

2008/02/27

Conjuntura Artistica dos anos Noventa

Antonio marcelo, Conceição Fretias, Conceição Borges, Jamille Lira Monte, Eldine Abreu, Tátima Rabelo, Janaina Soares. Este elenco aprovou a sigla no momento em que artistas renomados e o governo do estado na gestão do secretario de cultura estudavam politicas a serem implantadas na Fundação do Instituto Dragão do Mar. Existiam fatos importantes que marcavam os anos noventa. Havia tambem uma grande promessa que trazia uma grande larva de pessoas a descobrirem interesse pelas artes. Mas, isto era impressão que eu, enquanto amador, tinha no momento da chegada. Na verdade os fatos se repetem, apenas as construções permanecem(?). O teatro está sempre se renovando ou renascendo. O Curso de Arte Dramática da UFC fez trinta anos. No inicio da década foi construido o TEATRO NADIR PAPI SABÓIA (1990); a restauração do TJA (1991); a construção do TEATRO PAURILO BARROSO (1993); implantação de teatro na UNIFOR, construção do TEATRO DO IBEU (1995); TEATRO DA PRAIA (1997).
No meio de tantos bons espetáculos e artistas experientes e talentosos, eu tomava chegada junto de meus colegas do Grupo, trazendo euforia na alma e direito (emobra não quisesse) de errar.

2008/02/25

Voltando Ao Ponto Inicial: Teatro

Em 1995, tentei o Curso Principios Básicos de Teatro, fui reprovado na primeira seleção. Hoje eu não sei cadê nenhum daqueles alunos. .. ou seja os aprovados. Em julho e dezembro de 1996, participei da Oficina de uma oficna no Teatro São José, com o Paulo Ess. Alguns alunos achavam o Paulo carrasco, eu adorava isso nele. Eu me entreguei e confiei plenamente em seu método. E quando no término, a Drª Lerisse Porto fez entusiasmado elogios a mim, interpretando o Padre do "PAGADOR DE PROMESSAS" - de Dias Gomes. Era isso o que eu queria, teatro. Nada me dava tanto prazer. A poesia apenas completava o meu ciclo artísitco.
E como não haver empolgação diante essa cois mágica, tão encantátoria que é o palco? Me dediquei a essa experiência por inteiro, intenso, sabendo o que queria. Algumas pessoas que participavam da oficina, as vezes, demonstravam que não estavam nem ai. Enquanto a mim, eu disse não a tudo para dizer sim a teatro. O teatro passava a ser o centro do meu universo. Não havia preguiça, cansaço, que me impedisse de estar no meio.
O curso ia acabar, nenhum curso é para a vida inteira. Reuni as pessoas que tinham ou pareciam ter interesse em teatro, e no dia 17 de julho de 1996, faziamos o batismo do Grupo "QUIMERAS DE TEATRO." Nos reunimos no antigo no antingo CASARÃO DA LIBERDADE, na Avenida Trsitão Gonçalves, no centro de Fortaleza. O nome Quimeras foi sugerido por Eldine Abreu... e esta palavra teve influência da música do Zero - Quimeras.
Quimeras tambem é um monstro da mitologia, que é uma figura mítica oriunda da Anatólia e cujo tipo surgiu na Grécia durante o século VII a.C.. Sempre exerceu atração sobre a imaginação popular.
De acordo com a versão mais difundida da lenda, a quimera era um monstruoso produto da união entre Equidna - metade mulher, metade serpente - e o gigantesco Tífon.
Outras lendas a fazem filha da hidra de Lerna e do leão de Neméia, que foram mortos por Hércules. Habitualmente era descrita com cabeça de leão, torso de cabra e parte posterior de dragão ou serpente. Criada pelo rei de Cária, mais tarde assolaria este reino e o de Lícia com o fogo que vomitava incessantemente, até que o herói Belerofonte, montado no cavalo alado Pégaso, conseguiu matá-la.

Quimeras na decoração externa da Catedral de Notre Dame, Paris
A representação plástica mais freqüente da quimera era a de um leão com uma cabeça de cabra em sua espádua. Essa foi também a mais comum na arte cristã medieval, que fez dela um símbolo do mal.
E segundo o dicionário são sonhos, delirios, fantasias.....
assim criamos nossa luz para o teatro

2008/02/24

Camaleao Em Metamorfose

artista por execelência......


Camaleão em sua metarmofose.... sou como quero ser. sou a minha resposta a mim mesmo e nunca aos outros

Não importa o estilo... em mim há sempre " o aço dos meus olh0s"
Eu sou self made.................. meu próprio risco no meu juizo final......
mas não olho para tras...... o que há muito me deixou agora não é mais o isto nem o quê.....






2008/02/17

Poesia e Politica

O corre corre continua para vender livros. Não é fácil vender livros "em um país onde os ídolos são jogadores de futebol", e a cultrua é a mesa de bar. E o assunto preferido é a cornagem, se tratando de Nordeste. E tudo parece piorar quando se estaciona em Fortaleza "TERRA DA LUZ" onde o brilho é opaco. Existe o provincianismo que não deixa a consciência aflorar. Existe ainda uma grande preguiça mental: o homem não quer raciocinar. Parece mesmo que é mais fácil e é ser mediocre. Definitivamente os mediocres não sofrem, apenas são infelizes. A poesia continua a minha forma de expressão. Foi nesse ano tambem, que apresentei um solo, uma esquete chamada "Lágrima de um palhaço" em Fortaleza. Essa esquete fazia parte do espetáculo "Brasil" de 1992. É um periodo em que eu acreditava em muitas coisas, as pessoas tinham uma importância maior, o sonho era um remo decisivo contra a maré.
Nesse periodo de uma forma intensa iniciei minhas atividades na vida politica. Participei de muitos eventos, encontros, congressos. Participei eera um dos grandes ativistas da campanha de MARIA lUIZA DE MENEZES FONTENELE e ROSA DA FONSECA nas eleições de 1994. Fiquei conhecido pelos militantes da época como uma "MÁQUINA". Eu nã otinha tempo para descansar, eram viagens, comicios. Dancei no palaque do LULA quando ele esteve em Fortaleza em 1994, na praça José de Alencar.

No ano seguinte.... 1996.
Lancei o livro "VENTOS IMPETUOSOS", um trabalho menor. Um livro que peca pelo romantismo, mas estava bem mais elaborado que o primeiro esteticamente. Mas nã oteve a mesma repercussão , uma mini edição de 500 exemplares foi logo esgotada e esquecida. O lançamento aconteceu em novembro na Casa Juvenal Galeno, na Rua General Sampaio, ao lado do Teatro Jose de Alencar. No mes seguinte, participei do lançamento de uma coletanea - CAIS DE NÓS - pela Ceia Literária. Nessa coletanea, cada poeta participou com dois trabalhos. O lançamento ocoreu no dia 05 de dezembro, tambem no Estoril.

2008/02/12

Enquanto o Amor For Maior. 1ª Edição

Eu queria uma brecha para editar um livro de poesias, mas como parecia dificil. Eu não conhecia as pessoas certas, tudo parecia remoto. As minhas poesias não eram perfeitas, mas havia um lado emotivo querendo editá-las. Quem não gostaria de editar um livro quando escrito? Foram passos incansaveis... e uma tentativa fadigável. ... e eu insistindo. Conheci o dono de uma gráfica, atraves do movimento que eu fazia parte (Movimento politico - PARTH), e ele topou fazer a edição. A minha tia me deu 50% do valor; e a segunda parte ficou para eu quitar após a edição. Na verdade foi sorte, o homem confiar em mim, já que a unica garantia que eu dei foi a minha palavra.

O lançamento foi noticiado na Tribuna do Ceará, aconteceu no Estoril, na praia de Iracema, em Fortaleza, com a presença de aproximadamente 150 pessoas. Entre elas a ex prefeita de Fortaleza, Maria Luiza Menezes Fontenelle; Marly Vasconcelos, poetisa; a artista plastico, Martha Phebo; Carmelita Fontenele, tambem artista plastico; a ativista e na época vereadora Rosa da Fonseca. E mais pessoas que estavam presentes tambem do meio cultural literário. Tres meses depois, eu quitei a divida com a grafica. Nesta noite, aconteceu o meu batismo na vida literária, eu fui publicado nos jornais. Parece pouco, mas para mim, esta noite deve ser rememorada e comemorada com champanhe. Eu consegui!

Faz dez anos, e quando as coisas começam a acontecer na vida da gente, não é facil a percepção de onde se pode ou não chegar. É claro que alguns fatos contribuem para que essa continuidade possa ou não acontecer. Então, poder comemorar dez anos é realmente um privilégio. Um momento impar na vida de uma pessoa. Eu tentei seguir um projeto... e em termos realizar 60% dele até aqui. Acredito que a minha determinação ajudou muito, mas ela não foi auto suficiente. Ninguem consegue fazer nada sozinho. Outras notas menores foram publicadas no Diário do Nordeste e na Tribuna do Ceará. Sobre o lançamento do livro em Martinópole, a noite de autógrafo aconteceu com a cidade adormecida, mas tudo foi de ultima hora: os convites, a divulgação, enfim, faltou produção nesse sentido. Foi um momento de ansiedade onde eu queria ganhar o mund todo em uma fração de segundos. E bem sabemos que as coisas não são assim.

2008/02/06

Amador Com Defeitos e Qualidades

Como escrever sem noção? A noção pode estar dentro da sensibilidade, e era só isso o que eu tinha. nem sabia o que era carpintaria teatral, nada, apenas imaginava a história, depois colocava as personagens em algum cenário e dava fala para elas. O método que eu escrevo hoje ainda é o mesmo. Assim como a gente aprende mais tarde numa oficina de dramaturgia. Tudo o que eu escrevia era engavetado, não queria que as pessoas vissem. Era como se isso fosse um mundo distante, o meu e o delas. E escrever era o meu delirio, e as pessoas seriam reais demais para compreender isso. Algumas vezes na escola, participei de atividades artisticas, como apresentações no dia das mães, na semana santa, gincana cultural. Em um 7 de tembrto, bem antes, eu fui um enfermeiro. São datadas as minhas primeiras aparições vestindo algum personagem. Houve um periodo que o padre da cidade causou uma verdadeira revolução na juventude... isso foi muito gratificante, os jovens mostraram seus talentos para a música, dança, teatro. Dez anos depois do meu encontro com o circo, de volta ao interior, produzi um espetáculo chamado BRASIL. Uma coisa bem simples, sem estrutura, mas fiz. Todo o elenco ganhou seu primeiro cachê. Houve uma apresentação em Martinópole e outra em Uruoca. Depois de volta a Fortaleza, liderei no colégio Oliveira Paiva, os segundo e terceiro anos onde apresentamos duas esquetes: Evaristo e Mulheres que no mercado do sexo venderam seus corpos. No ano seguinte, em 1995, no Ccolégio Nossa Senhora de Lurdes, apresentei o solo - Lágrimas de um Palhaço. E tambem um trabalho coletivo - Escravos de Jó, ao lado da Rosa da Fonseca. Essas apresentações serviram para despertar o artista. Eram coisas simples, melhores impossiveis. Não havia contato com o conhecimento. A arte vazava de minha pele e eu precisava me expressar bem ou mal, mas me expressar. Contudo sempre dei o melhor de mim, sem esquecer minhas qualidades e defeitos. Em 1994, a convite do Professor Emanoel Lima, fui ser reporter estudantil na Tribuna do Ceará, no caderno tribuna na escola, logo comecei a fazer materias policiais, politicas e levar para a tribuna, mas não foram aceitas. Assuntos estudantis, festas dos professores, gremios eram materias chatas para a minha ansiedade.

2008/02/02

Primeiras Experiencias

A minha imaginação sempre foi fertil. As vezes eu passava noites acordado, imaginando, pensando coiss sobre mim e sobre o mundo. A tend~encia era mesmo drámatica. Eu via a essência da vida no drama. Uma comédia nunca me fazia rir. Os personagens cômicos, eu os achava abobalhados, grosseiros, sem essência. Enquanto o drama fazia eu refletir... pensar. O drama era o grande refletor da humanidade, o espelho da sociedade. E comecei a escrever textos com uma visão trágica do mundo. Frases que eu criava sempre estavam interligadas aocentro do homem que é o "EU". O autor inexperiente escrevia o que ele queria ouvir e dizer para o mundo. De repente, era como se eu tivesse a obrigação de cumprir uma tarefa social, que era de levar o homem de encontro a ele mesmo. A comédia não tinha esse poder. Ainda mais a comédia representada pelos humoristas com tendência popular. Faltava o tempo, o engraçado em si, a piada inteligente. E eu acho repugnante rir do bobo. Então, eu de repente, estava escrevendo coisas sérias, e compulsivamente tinha a obrigação de escrever, escrever e escrever.
Essa minha tendência poderia me definir como um autor social, um autor denunciador das mazelas sociais. Alguém qu compreendia os conflitos humanos, que sabia jogar suas criaturas no precipicio e depois condená-las ou absolvê-las. Porque assim tambem é a vida. E bem na verdade, o criador era a própria criatura. O autor e a personagem irmanados no mesmo umbigo.

2008/02/01

Nascia o Autor

As revistas da tv, a Sétimo Céu e o jornal da tv que vinha aos domingos no Diário do Nordeste eram sempre bem vindos. Novelas como Um sonho a Mais, Livre Para Voar, Vereda Tropical, A Gata Comeu, Tititi e outras tiveram toda uma influência na minha decisão de seguir esse caminho artistico. Para mim, memóraveis: Volpone, Ana Bela, Pardal, Bebel, Jibi, Edu, Silvana, Zeca, Dona Bina, Verônica, Théo, Professor Fabio, Jô Penteado, Victor Valentin, Jacleclê, Andreia de Cambalacho e tantos e tantos outros que fizeram eu sonhar, acreditar em um mundo encantátorio além da reralidade. Depois Novelas como Dona Beija, Selva de Pedra e Tiêta do Agreste imprensaram um jovem adolescente que queria escrever histórias.
Nesse periodo, eu comecei a escrever e escrevia com seriedade. Escrevia contos, esquetes, coisas que não tenho arquivados, mas memorizo. Veio tambem a poesia. Eu acredito que tudo isso fez parte do sonho, reforçou a minha sensibilidade. eu costumo pensar que Ivani Ribeiro, Wilson Aguiar Filho, Betty Faria, Cristiane Torloni, Nuno Leal Maia, Suzana Vieira, Debora Evelyn, Luiz Gustavo, Natalia do Vale e todo o elenco de Roque Santeiro foram meus primeiros mestres. Foi assistindo eles que eu acreditei em mim, num ato de mosericordia. É claro que a minha dramaturgia eram fatos que faziam parte do meu universo, da minha vivência.
Eu recriava o meu mundo, e tudo isso tinha uma coisa lúdica. Escrevi para não enlouquecer. Eu achava mais prazeroso sentar e escrever do conversar com alguém. A minha timidez nesse aspecto foi benévola, mas infelizmente estragou a pessoa. E eu fiz das situações fatos dramaticos, e eu expunha a minha dor pessoal. Nascia o Autor.

2008/01/31

Gênese Artístico

Eu tinha seis anos de idade, um circo visitou minha cidade, Martinópole, me vi maravilhado. Entendi a representação como alguma coisa mágica. Todas as luzes voltadas para os artistas, a platéia posta e contemplada. Aqui houve o primeiro encontro com a arte. Decidi ser artista. Também é coisa que a gente não decide.... acontece em um processo natural. Aquela noite no circo despertou a minha sensibilidade. A cidade tinha 3.818 habitantes, uma escola estadual (Murilo Braga), a escola municipal (Pe. José Roberto), e uns quatros grupos escolares. Em frente a Igreja havia apenas um campo, alguns bancos que definiam uma praça sem projeção que um parque abrilhantava uma vez por ano. Havia ainda duas danceterias, a estação abandonada pelo trem, a linha férrea e o hospital Imaculada Conceição.
A vida cultural da cidade era minimizada ou mesmo inexistente. A cidade uma vez ao ano tambem se rendia ao desfile do 7 de setembro, que para mim tinha o ritual de um grande espetáculo. Aos sabados e domingos era a vez das discotecas - a era colorida dos discos. Sobre politica eu nada ouvia falar, a não ser sobre eleiçoes municipais. Ditadura, anistia passava longe do meu universo. As senhoras de certa idade se juntavam aos mais novos e colocavam cadeiras nas calçadas, e a noite as janelas eram aglomeradas por pessoas que se dividiam entre o bate papo e as novelas. No mes de janeiro, um grupo de rapazes tirava reisado, caracterizados com alguns personagens. Outro personagem tambem próximo era papai noel. Todas essas personagens, me diziam muito, um significado maior que possuiam uma representação teatral. Eu queria ser cantor, a música sempre foi muito proxima a mim, mas o meio não ajudava e não desenvolvi talento para isso. Bem depois vi minha mãe atuar numa peça de colegio (Pe. Jose Roberto) onde fazia o papel de maria, e minha irmã era o anjo. isso a 24 anos atrás. Mas alguma coisa, talvez o azul , a luz da peça... um encanto reservado a mim. Eu sempre gostava de qualquer manifestação. E o contato mais próximo que eu tinha com o mundo artistico era a televisão.

2008/01/30

Antônio Marcelo, 10 Anos, Publicado nos Jornais

Texto para ser publicado em 2005

Por ele, o Artista, a trajetória e a palavra

O artista é artista porque brinca que é artista. Ele é artista porque brinca e cria. Recria com emoção a própria vida.

A vida de um ator é o maior corre corre. A Gente tem que batalhar muito se quiser vencer.

Eu me lembro de um tempo onde as pessoas cantavam pelo simples prazer de cantar. Cantavan a vida, cantavam o amor, cantavam a canção, cantavam a felicidade, a liberdade que se escondeu dentro de nós.

Essa verdade me sensibiliza. Música, maestro! E que a orquestra toque a todo vapor. Não tem música? Tudo bem, ela vai tocar mesmo assim dentro de mim. Ser artista é o glamour além do script, é a ética além da viadade. eu nasci para o estrelato, não quero ser platéia, quero ser o próprio show.

tenho 31 anos, mas no teatro posso interpretar qualquert idade. É no teatro que semre vai existir um papel para o ator. A sensação de viver outras vidas é um esplendor. Louvado seja o palco, louvado seja o teatro, os artistas incompreendidos dessa pátria.

Foi num verão distante dentro de um palco iluminado que a vida se deu numa resposta concreta e imediata , no mesmo instante que os aplausos encheram meus olhos de luz, de esplendor. uma chuva de púrpurina, lágrimas, comoção

O ato prossegue embalado no sopro do palco, nde atores digladiam todo o universo dos contos e das cisas reais e irreais. Este é o palco de todas as minhas mentiras acreditadas, de todas as verdades ilusórias diante de minhas retinas. o palco que é a luz do artista batalhador de sua própria arte.

O RG de todo artista é a face na hora de criar. Cria-se tudo, menos talento. A arte é exigente ! O teatro serviu para muitas coisas, raciocionar foi uma delas. Não tenho do que reclamar. A arte foi generosa comigo, devo o melhor de mim ao teatro. E com toda pureza da minha alma, ele não me deve naa.

Mas eu não teno culpa por ter nascido no estado errado, na cidade errada. Enquanto as pessoas, elas nõa tem a obrigação de ser como eu gostaria que elas fossem. O teatro é meu mito... e eu nao vou demolí-lo nessa altura do campeonato. Quem chegou até aqui não pode parar. Não tem como descrever a emoção sentida quando o público vibra no final do espetáculo.

Nada apaga isso, nada. Apague a luz de serviço, mas não esqueça de logo em seguida, acender o refletor.