2008/02/29

Quimeras de Teatro é Arrasado no I Festival de Esquetes de Fortaleza

Chegava 1997, grandes expectativas para o teatro. O Centro Dragão do Mar (ou a Rede Globo cearense?) trazia e prometia uma carreira promissora para seus futuros atores e diretores. Houve todo um vislumbramento. Tinha gente que achava que chegaria na Rede Globo em tempo recorde. Muita gente se achou importante, abandonou seus grupos, cursos, montagens, para apostar nessa babilônia maravilhsa. Outros viraram a cara para os próprios colegas. O sucesso (!) inflamando pobreza de espirito e financeira.
Em abril, se realizava o I FESTFOR ( Festival de Esquetes deFortaleza), promovido pelo Teatro da Praia sob a coordenação de Eddy Ferreira e Carri Costa. O Grupo Quimeras de Teatro se inscreveu e obteve classificação. Era uma boa oportunidade para fazer o seu batismo, e mais uma vez o texto sofre alterações. O tempo determinado para as apresentações era de vinte minutos.
Dia 04 de abril, a estréia, o teatro lotado. As especulações sobre o nudismo do ator eram muitas, coisas da província. Um dos atores (eu Antônio Marcelo) estaria em cena nú frontal. O público aplaudiu; e o juri torceu o nariz. A Comissão Julgadora foi intolerante, agressiva e principalmente desinteressada. Ela se omitiu em fazer o debater; uma jurada eufórica gritava que aquilo tinha sido a coisa mais imoral que tinha visto em toda sua vida... Um outro levantou-se para fumar; um outro sentiu uma forte dor de cabeça repentina, um outro achou ambiente quente e foi tomar um pouco de ar. Entre a Comissã, uma jornalista fez seus comentários e foi coerente ao apontar os erros e acertos. A jurada eufórica bateu boca com gente que estava na platéia:
- A senhora faz teatro? Eu pergunto porque não sou daqui.
- Faço, sou professora de um dos cursos daqui.
-Meus pêsames, Ceará! Disse o rapaz.
O senhor do juri que sentiu dor de cabeça, pediu a moiçola estérica que se calasse. Durante a discursão o elenco manteve-se em silêncio absoluto. Não revidou. Da platéia foi dito que a comissão, principalmente a moiçola, estava desrespeitando o grupo. E que o minimo que os atores mereciam era respeito e que o juri se omitiu a cumprir seu papel. "Erros aconteceram como sempre acontecem, mas eles mereciam ser julgados" - insistia o rapaz da platéia.

2008/02/28

Ensaios na Contra Mão

Iniciamos os ensaios de um texto sem título, que eu havia escrito. O texto é um dramalhão assumido, um dramalhão com toda a vertente. A personagem central, MARCOS, em conflito com sua realidade explora o sonho de amor que ele nutre dentro de si mesmo. Há a construção da ilusão da irrealidade, como tambem da fuga interior. É bem clara nesse tipo de personagem a visão subjetiva ídilica. É um texto de cunho social, e no final a destruição dessa ilusão. Isso sendo o foco central. A peça, no placo, se apresenta com uma interpretação naturalista, enfocando outros temas voltados para a patologia social: os males psicológicos e sociais estão expostos, o lado doentio do homem e da sociedade. Tambem nenhum gênero é puro, ele sempre recebe influências de outras tendências. "Eu não me importo que SEM LICENÇA PARA AMAR seja um dramalhão piegas, mas é preciso analisar o seu tempo, a localização geográfica , o ambientefamiliar, os costumes das personagens, para aonde elas vem e vão, a ação anteriror, as atitudes polarizadas de outros. Talvez esses textos não tenham mais apelo, dentro de um mercardo descartador de gente e sentimento. As virtudes mudam, mas ele emociona aqueles que possam de alguma forma se situarem no espaço e tempo da ação. Assim como o nome do Quimeras tinha sido uma escolha em grupo; o nome desse texto tambem esteve em votação. Permaneceu o título sugerido por Daniel Costa."
Queriamos apenas fazer teatro, nenhuma preocupaçao conscientemente com o fazer teastral, mas ela já existia. A própria filosofia do GRUPO QUIMERAS DE TEATRO já possuia em seu caráter teatral o compromisso. Eu particularmente não entendia nada, compreendia apenas o feitio de uma montagem porque gostava de teatro. Nesse ano de 1996, eu havia iniciado tambem uma oficina de dança no teatro JOSÉ DE ALENCAR, e o correu a minha primeira temporada teatral no espetáculo "AS MÁQUINAS" sob a direção de Silvia Moura. Fizeram parte do elenco Antônio Marcelo, Giovanni Marsalles, Glauter Melo, Sergio Ricardo, Graça Martins, Gil e Didi (hoje da companhya Falido e Mal Pago), Renata Andrade, Célio entre outros.

2008/02/27

Conjuntura Artistica dos anos Noventa

Antonio marcelo, Conceição Fretias, Conceição Borges, Jamille Lira Monte, Eldine Abreu, Tátima Rabelo, Janaina Soares. Este elenco aprovou a sigla no momento em que artistas renomados e o governo do estado na gestão do secretario de cultura estudavam politicas a serem implantadas na Fundação do Instituto Dragão do Mar. Existiam fatos importantes que marcavam os anos noventa. Havia tambem uma grande promessa que trazia uma grande larva de pessoas a descobrirem interesse pelas artes. Mas, isto era impressão que eu, enquanto amador, tinha no momento da chegada. Na verdade os fatos se repetem, apenas as construções permanecem(?). O teatro está sempre se renovando ou renascendo. O Curso de Arte Dramática da UFC fez trinta anos. No inicio da década foi construido o TEATRO NADIR PAPI SABÓIA (1990); a restauração do TJA (1991); a construção do TEATRO PAURILO BARROSO (1993); implantação de teatro na UNIFOR, construção do TEATRO DO IBEU (1995); TEATRO DA PRAIA (1997).
No meio de tantos bons espetáculos e artistas experientes e talentosos, eu tomava chegada junto de meus colegas do Grupo, trazendo euforia na alma e direito (emobra não quisesse) de errar.

2008/02/25

Voltando Ao Ponto Inicial: Teatro

Em 1995, tentei o Curso Principios Básicos de Teatro, fui reprovado na primeira seleção. Hoje eu não sei cadê nenhum daqueles alunos. .. ou seja os aprovados. Em julho e dezembro de 1996, participei da Oficina de uma oficna no Teatro São José, com o Paulo Ess. Alguns alunos achavam o Paulo carrasco, eu adorava isso nele. Eu me entreguei e confiei plenamente em seu método. E quando no término, a Drª Lerisse Porto fez entusiasmado elogios a mim, interpretando o Padre do "PAGADOR DE PROMESSAS" - de Dias Gomes. Era isso o que eu queria, teatro. Nada me dava tanto prazer. A poesia apenas completava o meu ciclo artísitco.
E como não haver empolgação diante essa cois mágica, tão encantátoria que é o palco? Me dediquei a essa experiência por inteiro, intenso, sabendo o que queria. Algumas pessoas que participavam da oficina, as vezes, demonstravam que não estavam nem ai. Enquanto a mim, eu disse não a tudo para dizer sim a teatro. O teatro passava a ser o centro do meu universo. Não havia preguiça, cansaço, que me impedisse de estar no meio.
O curso ia acabar, nenhum curso é para a vida inteira. Reuni as pessoas que tinham ou pareciam ter interesse em teatro, e no dia 17 de julho de 1996, faziamos o batismo do Grupo "QUIMERAS DE TEATRO." Nos reunimos no antigo no antingo CASARÃO DA LIBERDADE, na Avenida Trsitão Gonçalves, no centro de Fortaleza. O nome Quimeras foi sugerido por Eldine Abreu... e esta palavra teve influência da música do Zero - Quimeras.
Quimeras tambem é um monstro da mitologia, que é uma figura mítica oriunda da Anatólia e cujo tipo surgiu na Grécia durante o século VII a.C.. Sempre exerceu atração sobre a imaginação popular.
De acordo com a versão mais difundida da lenda, a quimera era um monstruoso produto da união entre Equidna - metade mulher, metade serpente - e o gigantesco Tífon.
Outras lendas a fazem filha da hidra de Lerna e do leão de Neméia, que foram mortos por Hércules. Habitualmente era descrita com cabeça de leão, torso de cabra e parte posterior de dragão ou serpente. Criada pelo rei de Cária, mais tarde assolaria este reino e o de Lícia com o fogo que vomitava incessantemente, até que o herói Belerofonte, montado no cavalo alado Pégaso, conseguiu matá-la.

Quimeras na decoração externa da Catedral de Notre Dame, Paris
A representação plástica mais freqüente da quimera era a de um leão com uma cabeça de cabra em sua espádua. Essa foi também a mais comum na arte cristã medieval, que fez dela um símbolo do mal.
E segundo o dicionário são sonhos, delirios, fantasias.....
assim criamos nossa luz para o teatro

2008/02/24

Camaleao Em Metamorfose

artista por execelência......


Camaleão em sua metarmofose.... sou como quero ser. sou a minha resposta a mim mesmo e nunca aos outros

Não importa o estilo... em mim há sempre " o aço dos meus olh0s"
Eu sou self made.................. meu próprio risco no meu juizo final......
mas não olho para tras...... o que há muito me deixou agora não é mais o isto nem o quê.....






2008/02/17

Poesia e Politica

O corre corre continua para vender livros. Não é fácil vender livros "em um país onde os ídolos são jogadores de futebol", e a cultrua é a mesa de bar. E o assunto preferido é a cornagem, se tratando de Nordeste. E tudo parece piorar quando se estaciona em Fortaleza "TERRA DA LUZ" onde o brilho é opaco. Existe o provincianismo que não deixa a consciência aflorar. Existe ainda uma grande preguiça mental: o homem não quer raciocinar. Parece mesmo que é mais fácil e é ser mediocre. Definitivamente os mediocres não sofrem, apenas são infelizes. A poesia continua a minha forma de expressão. Foi nesse ano tambem, que apresentei um solo, uma esquete chamada "Lágrima de um palhaço" em Fortaleza. Essa esquete fazia parte do espetáculo "Brasil" de 1992. É um periodo em que eu acreditava em muitas coisas, as pessoas tinham uma importância maior, o sonho era um remo decisivo contra a maré.
Nesse periodo de uma forma intensa iniciei minhas atividades na vida politica. Participei de muitos eventos, encontros, congressos. Participei eera um dos grandes ativistas da campanha de MARIA lUIZA DE MENEZES FONTENELE e ROSA DA FONSECA nas eleições de 1994. Fiquei conhecido pelos militantes da época como uma "MÁQUINA". Eu nã otinha tempo para descansar, eram viagens, comicios. Dancei no palaque do LULA quando ele esteve em Fortaleza em 1994, na praça José de Alencar.

No ano seguinte.... 1996.
Lancei o livro "VENTOS IMPETUOSOS", um trabalho menor. Um livro que peca pelo romantismo, mas estava bem mais elaborado que o primeiro esteticamente. Mas nã oteve a mesma repercussão , uma mini edição de 500 exemplares foi logo esgotada e esquecida. O lançamento aconteceu em novembro na Casa Juvenal Galeno, na Rua General Sampaio, ao lado do Teatro Jose de Alencar. No mes seguinte, participei do lançamento de uma coletanea - CAIS DE NÓS - pela Ceia Literária. Nessa coletanea, cada poeta participou com dois trabalhos. O lançamento ocoreu no dia 05 de dezembro, tambem no Estoril.

2008/02/12

Enquanto o Amor For Maior. 1ª Edição

Eu queria uma brecha para editar um livro de poesias, mas como parecia dificil. Eu não conhecia as pessoas certas, tudo parecia remoto. As minhas poesias não eram perfeitas, mas havia um lado emotivo querendo editá-las. Quem não gostaria de editar um livro quando escrito? Foram passos incansaveis... e uma tentativa fadigável. ... e eu insistindo. Conheci o dono de uma gráfica, atraves do movimento que eu fazia parte (Movimento politico - PARTH), e ele topou fazer a edição. A minha tia me deu 50% do valor; e a segunda parte ficou para eu quitar após a edição. Na verdade foi sorte, o homem confiar em mim, já que a unica garantia que eu dei foi a minha palavra.

O lançamento foi noticiado na Tribuna do Ceará, aconteceu no Estoril, na praia de Iracema, em Fortaleza, com a presença de aproximadamente 150 pessoas. Entre elas a ex prefeita de Fortaleza, Maria Luiza Menezes Fontenelle; Marly Vasconcelos, poetisa; a artista plastico, Martha Phebo; Carmelita Fontenele, tambem artista plastico; a ativista e na época vereadora Rosa da Fonseca. E mais pessoas que estavam presentes tambem do meio cultural literário. Tres meses depois, eu quitei a divida com a grafica. Nesta noite, aconteceu o meu batismo na vida literária, eu fui publicado nos jornais. Parece pouco, mas para mim, esta noite deve ser rememorada e comemorada com champanhe. Eu consegui!

Faz dez anos, e quando as coisas começam a acontecer na vida da gente, não é facil a percepção de onde se pode ou não chegar. É claro que alguns fatos contribuem para que essa continuidade possa ou não acontecer. Então, poder comemorar dez anos é realmente um privilégio. Um momento impar na vida de uma pessoa. Eu tentei seguir um projeto... e em termos realizar 60% dele até aqui. Acredito que a minha determinação ajudou muito, mas ela não foi auto suficiente. Ninguem consegue fazer nada sozinho. Outras notas menores foram publicadas no Diário do Nordeste e na Tribuna do Ceará. Sobre o lançamento do livro em Martinópole, a noite de autógrafo aconteceu com a cidade adormecida, mas tudo foi de ultima hora: os convites, a divulgação, enfim, faltou produção nesse sentido. Foi um momento de ansiedade onde eu queria ganhar o mund todo em uma fração de segundos. E bem sabemos que as coisas não são assim.

2008/02/06

Amador Com Defeitos e Qualidades

Como escrever sem noção? A noção pode estar dentro da sensibilidade, e era só isso o que eu tinha. nem sabia o que era carpintaria teatral, nada, apenas imaginava a história, depois colocava as personagens em algum cenário e dava fala para elas. O método que eu escrevo hoje ainda é o mesmo. Assim como a gente aprende mais tarde numa oficina de dramaturgia. Tudo o que eu escrevia era engavetado, não queria que as pessoas vissem. Era como se isso fosse um mundo distante, o meu e o delas. E escrever era o meu delirio, e as pessoas seriam reais demais para compreender isso. Algumas vezes na escola, participei de atividades artisticas, como apresentações no dia das mães, na semana santa, gincana cultural. Em um 7 de tembrto, bem antes, eu fui um enfermeiro. São datadas as minhas primeiras aparições vestindo algum personagem. Houve um periodo que o padre da cidade causou uma verdadeira revolução na juventude... isso foi muito gratificante, os jovens mostraram seus talentos para a música, dança, teatro. Dez anos depois do meu encontro com o circo, de volta ao interior, produzi um espetáculo chamado BRASIL. Uma coisa bem simples, sem estrutura, mas fiz. Todo o elenco ganhou seu primeiro cachê. Houve uma apresentação em Martinópole e outra em Uruoca. Depois de volta a Fortaleza, liderei no colégio Oliveira Paiva, os segundo e terceiro anos onde apresentamos duas esquetes: Evaristo e Mulheres que no mercado do sexo venderam seus corpos. No ano seguinte, em 1995, no Ccolégio Nossa Senhora de Lurdes, apresentei o solo - Lágrimas de um Palhaço. E tambem um trabalho coletivo - Escravos de Jó, ao lado da Rosa da Fonseca. Essas apresentações serviram para despertar o artista. Eram coisas simples, melhores impossiveis. Não havia contato com o conhecimento. A arte vazava de minha pele e eu precisava me expressar bem ou mal, mas me expressar. Contudo sempre dei o melhor de mim, sem esquecer minhas qualidades e defeitos. Em 1994, a convite do Professor Emanoel Lima, fui ser reporter estudantil na Tribuna do Ceará, no caderno tribuna na escola, logo comecei a fazer materias policiais, politicas e levar para a tribuna, mas não foram aceitas. Assuntos estudantis, festas dos professores, gremios eram materias chatas para a minha ansiedade.

2008/02/02

Primeiras Experiencias

A minha imaginação sempre foi fertil. As vezes eu passava noites acordado, imaginando, pensando coiss sobre mim e sobre o mundo. A tend~encia era mesmo drámatica. Eu via a essência da vida no drama. Uma comédia nunca me fazia rir. Os personagens cômicos, eu os achava abobalhados, grosseiros, sem essência. Enquanto o drama fazia eu refletir... pensar. O drama era o grande refletor da humanidade, o espelho da sociedade. E comecei a escrever textos com uma visão trágica do mundo. Frases que eu criava sempre estavam interligadas aocentro do homem que é o "EU". O autor inexperiente escrevia o que ele queria ouvir e dizer para o mundo. De repente, era como se eu tivesse a obrigação de cumprir uma tarefa social, que era de levar o homem de encontro a ele mesmo. A comédia não tinha esse poder. Ainda mais a comédia representada pelos humoristas com tendência popular. Faltava o tempo, o engraçado em si, a piada inteligente. E eu acho repugnante rir do bobo. Então, eu de repente, estava escrevendo coisas sérias, e compulsivamente tinha a obrigação de escrever, escrever e escrever.
Essa minha tendência poderia me definir como um autor social, um autor denunciador das mazelas sociais. Alguém qu compreendia os conflitos humanos, que sabia jogar suas criaturas no precipicio e depois condená-las ou absolvê-las. Porque assim tambem é a vida. E bem na verdade, o criador era a própria criatura. O autor e a personagem irmanados no mesmo umbigo.

2008/02/01

Nascia o Autor

As revistas da tv, a Sétimo Céu e o jornal da tv que vinha aos domingos no Diário do Nordeste eram sempre bem vindos. Novelas como Um sonho a Mais, Livre Para Voar, Vereda Tropical, A Gata Comeu, Tititi e outras tiveram toda uma influência na minha decisão de seguir esse caminho artistico. Para mim, memóraveis: Volpone, Ana Bela, Pardal, Bebel, Jibi, Edu, Silvana, Zeca, Dona Bina, Verônica, Théo, Professor Fabio, Jô Penteado, Victor Valentin, Jacleclê, Andreia de Cambalacho e tantos e tantos outros que fizeram eu sonhar, acreditar em um mundo encantátorio além da reralidade. Depois Novelas como Dona Beija, Selva de Pedra e Tiêta do Agreste imprensaram um jovem adolescente que queria escrever histórias.
Nesse periodo, eu comecei a escrever e escrevia com seriedade. Escrevia contos, esquetes, coisas que não tenho arquivados, mas memorizo. Veio tambem a poesia. Eu acredito que tudo isso fez parte do sonho, reforçou a minha sensibilidade. eu costumo pensar que Ivani Ribeiro, Wilson Aguiar Filho, Betty Faria, Cristiane Torloni, Nuno Leal Maia, Suzana Vieira, Debora Evelyn, Luiz Gustavo, Natalia do Vale e todo o elenco de Roque Santeiro foram meus primeiros mestres. Foi assistindo eles que eu acreditei em mim, num ato de mosericordia. É claro que a minha dramaturgia eram fatos que faziam parte do meu universo, da minha vivência.
Eu recriava o meu mundo, e tudo isso tinha uma coisa lúdica. Escrevi para não enlouquecer. Eu achava mais prazeroso sentar e escrever do conversar com alguém. A minha timidez nesse aspecto foi benévola, mas infelizmente estragou a pessoa. E eu fiz das situações fatos dramaticos, e eu expunha a minha dor pessoal. Nascia o Autor.