2011/05/03

Antonio Marcelo e Levi Adonai protagonizam A Penumbra de Nix










ESTOU ENSAIANDO A PENUMBRA DE NIX. MINHA PRÓXIMA PEÇA DE TEATRO COM PREVISAO PARA ESTREIA NO SEGUNDO PERIODO DO ANO DE 2011.
A Penumbra de Nix é uma peça linda que fala de amor. Tem uma sensibilidade apurada e claro também é uma peça para ser assistida por gente sensível. Um povo que não é apurado culturalmente nem deverá ir assistir.

"É UMA PEÇA SOBRE O AMOR. ONDE TUDO JÁ FOI DITO, MAS NÃO DISSEMOS TUDO."

No elenco, Eu, Kátia Camila e Levi Adonai. Eu e Adonai somos os protagonistas. E a Kátia Camila abrilhanta a montagem.

A PENUMBRA DE NIX
Sobre a peça

Esta peça é de uma estrema sensibilidade e aborda o amor. Fala de um amor que nem céus e terras são capazes de enfraquecê-lo. Toda segunda feira em um lugar inusitado há um encontro entre duas vidas ou em sua só vida. Jadson, no cemitério, sempre espera antes do sol se pôr, uma visita que demarca sua estada no plano terreno. E junto de sua alma gêmea, ele vivencia toda a beleza do afeto. Há entre eles a dialética da poesia que parece ser tecida na mais apurada das inspirações.
É um espetáculo sensível, demarcado pela inocência que os personagens possuem.

O amor nutrido pelos personagens vem de muitas existências. A ligação entre ambos é simbolizada pelos anjos. E o amor acontece, sem se impor. Ele apenas se importa com o bem estar do outro. É um espetáculo capaz de fazer a platéia voltar em busca de sua inocência perdida. Ou seria esquecida? A peca retrata a realidade de quem não se perdeu ou a irrealidade da fantasia amorosa que se agiganta sempre que os anjos se encontram. O cenário da trama poderia ser surrealista, as criaturas poderiam ser irreais. Paola poderia representar muito bem o mal. Paola seria na trama amorosa, uma serpente a rondar o paraíso. Seria aquela que jogaria a mácula do pecado em Jadson? Mas a nobreza do amor, o impede de cair em tentação. Paola, em um cenário favorável, em um lugar frio tenta seduzir Jadson. Ela aproveita-se da ausência do ser que Jadson ama. Eles medem força, e Paola se retira estrategicamente promovendo uma tragédia em sua vida. Paola despenca no abismo, numa noite escura e de frio. Mas será que ela se jogou ou foi jogada? Ou ainda uma terceira alternativa. Ela não poderia ter escorregado? O fato é instigante, mas ninguém sabe o que de fato aconteceu. As personagens não se preocupam em explicar qualquer coisa. Elas são intensas e possuem musicalidade divina. No contexto é falado sobre um Deus maior, sobre deuses, tolerância. A Grécia, antiga serve como inspiração. O dialógo que flui entre mãe e filho deixa isso bem claro.

Há um questionamento, e a peça traz em sua temática abertamente o fabuloso e instigante universo do espiritismo. E assim o enredo envereda pelo saber da crença que nunca morre e nunca seca. Se há amor, ele é grifado no tom amoroso e no dialógo primoroso que brotam em duas vidas.

Em sua narrativa inicial a peça já nasce puramente filosófica. Quando Iso, repete o que já bem distante ouvia: - A vida continua.

Uma luz parece conduzir o enrendado fio que tece claramente o dia e não deixa ele findar quando se anuncia a noite. A temática que se aborda no espetáculo é realmente iluminada. Há um sopro de luz, há um sopro de vida que tem como intuito voluntário mexer la dentro de nossa cosnciencia. Pode ter ser que seja meramente o efeito do acender de uma lamparina em nosso sentido... aqui sentido.

A morte.... ou a passagem de um plano a outro, não consegue causar distancia entre aqueles adolescentes que se amaram e permanecem se amando em uma dimensão espiritual que se torna inconteste. Os personagens centrais, eles não medem força... eles estão sempre a somar suas energias na mesma direção. Essa pode ser o diferencial de uma relação que não traz em sua gênese o confronto de quem ama mais, de quem conhece mais, de quem sabe mais. O amor aqui representado é o amor ÁGAPE. “Ágape é um termo que surge no Novo Testamento e que vem do grego agapein, sendo traduzido para latim por charitas, isto é, caridade, amor. O seu significado pode ser entendido como o amor divino, isto é, o amor que Deus manifestou aos homens através de Jesus Cristo e também como o amor com que os cristãos devem amar a Deus e entre si. Opõe-se, portanto, ao eros grego que representa o amor instintivo e carnal.
Os Cristãos descreveram geralmente o ágape como uma expressão do amor incondicional e voluntário, isto é, que não discrimina nem apresenta nenhuma pré-condição. São Paulo descreve o Ágape como paciente, amável, sem inveja, sem ostentação, sem orgulho, sem registo de erros, sempre esperançado e perseverante’’.
Mas aqui na sensível peça de teatro, há e cabe perfeitamente os dois amores. Eles constroem o imenso laço que não tem como ser rompido ainda que outras dimensões sensórias e carnais sejam capazes de romper a milenar passagem que eles naturalmente podem atravessar sem risco algum. Seus olhos são faróis e conseguem iluminar até mesmo a escuridão de erebo... Eles com o mesmo prazer que anoitecem, amanhecem. Não há condição entre eles. Houve um encontro nascido onde ninguém foi capacitado a esclarecer. Nem a palavra e nem a lógica explicam o que movem duas almas quando elas saboreiam a força do encontro. Personagens da criação do mundo como o ponto, como Gea, como elementos naturais e nascidos também da sabedoria dos deuses são citados nesse espetáculo como fonte de inspiração. Ou como uma lógica poderia se iniciar a explicação que não tem o porque de ser. Uma pairagem flui e flui com cor e essa cor tem o som e a luz da claridade. O caos, no inicio a tudo engolia, mas dentro da desordem haviam duas forças em busca de uma só forma... e assim se construiu a composição de anjos tão leves e despretensiosos que não carregam dardos... e sim uma áurea de luz que pode ser visitada, mas nunca desvendada nA PENUMBRA DE NIX.

Toda segunda feira, Iso (Antônio Marcelo) leva flores a sepultura da pessoa amada. A partir disso dois planos se encaixam e se confudem.... Terras e Céus. O amor entre eles vai além de uma esfera imaginária. Há um imenso ponto de luz que faz transcender quando ambos se encontram sempre antes do sol se pôr. Mesmo após Jadson (Levi Adonai) desencarnar, eles permanecem cuidando um do outro. Iso ainda vive o desequilíbrio terreno ocasionado pela morte de seu amado e um mistério que não foi desvendado envolvendo o suicidio de Paola( KÁTIA CAMILA). Diante do túmulo, Iso vive e conta e emociona ao narrar a beleza herdada do amor. Jadson amou Iso de tão forma que não se desliga do universo a qual ele não pertence mais


SERVIÇO
TODO SABADO DE JANEIRO DE 2012, 18 HORAS

TEATRO JOSE DE ALENCAR - MORRO DO OURO

VALOR: 10,00 E 5,00

DURAÇAO - 1 HORA

CLASSIFICAÇAO 14 ANOS