Está cansando? Senta
ai, calma. Chega de pressa. Quanto mais você corre mais você se distancia de
você mesmo. Claro, pode apertar as minhas mãos. Vai ficar ai parado, tentando
adivinhar minhas intenções? Não adianta olhar meus olhos, eles mudam, eles se
camuflam atrás de muitas intenções. O que? Claro que eu entendi a pergunta.
Perguntei o quê para ganhar tempo na resposta. Todas as pessoas charmosas fazem
isso. E eu às vezes sou um charme de pessoa. Não posso desconstruir o amor, eu
acredito nele. Você... Você está me perguntando se eu estou apto a me apaixonar.
Quem não está? Eu lhe pergunto: O que falta? Falta o entremeio. Falta a
percepção dos sentidos, se eu não tenho medo de sofrer? Não, não tenho. Tenho
medo sabe de que? Medo de não me apaixonar nunca mais. Medo da solidão. Mas
sempre que um sorriso me traduzir uma
tentativa, eu redescubro o que é o peito pulsar por alguém ou por alguma coisa.
Não necessariamente por uma pessoa. Já bebi de todas as fontes. Não, não
acredito nisso, não vejo fragilidade em você... Vejo força e covardia. Você resiste se
apaixonar, você resistir a uma declaração de amor?! Você não acredita mais? Quem mentiu o quê e
para quem? Vem, o jantar está na mesa. Você sente saudade? De quem? Por quê? Cadê esse alguém? Agora,
onde está? Ele levou um pedaço de você? Sabe, nós não somos diferentes. Sou
igual a você. É claro, cada um com o seu ritmo, com a sua intensidade. Uma vez
namorei alguém, e esse alguém me disse: -
Meu coração é trancado. E eu embriagado de um sonho romântico, disse: -
Vem, eu abro essa porta. Eu abro quantas portas forem necessárias. Mas depois,
uma noite qualquer, eu embriagado de álcool, e não mais de sonhos, me vi
incapacitado. E dentro dessa
incapacidade, vi desprezado o meu orgulho, meu amor próprio.
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